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Palavras e Bytes

História, Política e Tecnologia by Pedro Pereira

Palavras e Bytes

História, Política e Tecnologia by Pedro Pereira

Engenharia Social

29.01.24, Pedro Pereira

A cibersegurança vê a sua urgência de implementação a aumentar dia após dia. A cada hora milhares de ataques cibernéticos ocorrem em todo o mundo, tendo Portugal muitas das vezes como um alvo. Isto deve-se ao fraco e arcaico parque informático espalhado pelas empresas e instituições públicas e privadas, mas também deve-se à falta de noção das pessoas sobre este tema.

Os ataques podem ocorrer de diferentes maneiras, a engenharia social é aquele que vos trago hoje. Engenharia Social é dos ataques mais usados e aprimorados pelo "hackers", isso deve-se ao seu baixo risco de interseção por parte dos administradores da rede. Ao contrário das demais esta técnica envolve a manipulação das pessoas, de forma a obter acesso a dados e acessos confidenciais.

Mas afinal como é que funciona? Bem, é conhecido de todos que os maiores problemas da humanidade são causados pela intervenção dos humanos, este não é um caso diferente. A manipulação das pessoas ocorre de várias formas, desde emails de Phishing (emails falsos), fingir ser outra pessoa, tudo isto para roubar informações e acessos.

Caso de estudo:

  1. Um "hacker" coloca uma pen com conteúdo malicioso à porta de uma empresa, o que será que vai acontecer? Pela experiência o mais provável de acontecer é que um funcionário curioso vai querer ver o seu conteúdo e inconscientemente coloca a rede informática em perigo.
  2. Um "hacker" envia um email de Phishing, esse email retrata um dos emails típicos da empresa, porém tem um link falso. Novamente basta um funcionário ser imprudente e coloca a rede informática em causa.

Mas como podemos prevenir-nos? A resposta é formação. As empresas têm de ter mais atenção à formação dos colaboradores no que toca a este tema. Se conseguirmos reduzir estes erros, vamos também reduzir a probabilidade de ataques.

A Engenharia Social é apenas um dos métodos utilizados por piratas informáticos, por isso temos de estar cientes que podemos ser atacados, mas tentámo-nos proteger.

Propaganda

28.01.24, Pedro Pereira

Publicidade como conhecemos ao dia de hoje é um elemento essencial para o mercado. É comum que vejamos posts nas redes sociais, cartazes espalhados pela rua até flyers entregues em mão, tudo apenas para expandir os negócios. Mas será que os cidadãos comuns têm noção da importância desta ferramenta?

Ao longo da história a propaganda mudou imenso, mas há um nome que ressalta não pela bondade do seu trabalho, mas pela sua eficácia e genialidade, o seu nome Joseph Goebbels ministro da propaganda da Alemanha Nazi. Joseph foi o responsável pela mudança de opinião de milhões de pessoas na Alemanha Nazi na qual gerou um dos piores regimes da história. Hoje julgamos aqueles que apoiaram tal maldade, mas será que aos dias de hoje também nós não estamos a ser manipulados? Políticos, empresários, líderes será mesmo que estas pessoas não nos manipulam todos os dias? A resposta é sim!

Propaganda é uma arma que ainda hoje vemos ao ataque principalmente na política portuguesa. Um exemplo simples, mas de maior sucesso disso é o Partido Socialista. Como explicamos que nos últimos anos vivemos maioritariamente sob alçada do PS e que após tantos escândalos, vão voltar assumir a pasta? Ao contrário do que parece é uma pergunta muito fácil de responder. 

A propaganda manipula os sentimentos das pessoas para causar preocupação e medo. Ou seja, para controlar as pessoas, basta instaurar o medo.

As pessoas muitos anos depois continuam a bajular ofensas e ridicularizar aqueles que foram manipulados por regimes extremistas, mas também eles são manipulados e não fazem a mínima noção disso. Hipocrisia ou Ingenuidade?

Este tema só demonstra a fragilidade humana e como um grupo de pessoas podem manipular a vida de tantos outros milhões.

 

 

 

Francisco Sá Carneiro: Solidão e Poder

26.01.24, Pedro Pereira

                                                                                             500_9789895555499_solidao_e_poder_.jpg

Anos depois da notícia que assolou Portugal, com a morte do então primeiro ministro Francsico Sá Carneiro, Maria João Avillez escreve um retrato do homem que mudou a política portuguesa mas viu a sua vida interrompida no acidente de Camarate.

Maria João Avillez é jornalista de profissão e autora de diversos livros onde entrevista variadas personalidades ligados a política e religião. Em 2010 suprendeu tudo e todos com um retrato peculiar do homem que mudará a política portuguesa 30 anos antes, seu nome Francisco Sá Carneiro.

"Solidão e Poder" é um livro fiel ao curto mas intenso percurso político do "Chico", nome carinhoso pelo qual era tratado pelas pessoas mais íntimas. Todos os promenores do seu percurso escolar, profissional, político e amoroso estão presentes no livro com uma mestria digna da única Maria João Avillez. Nele podemos encontrar os desafios da Ala liberal contra o regime de Marcelo Caetano, na criação do PPD que anos mais tarde viria a tornar-se o PSD, na corrida eleitoral para as legislativas e até nos dramas amorosos com a sua mulher e a sua companheira Snu Abecassis. 

Uma coisa é certa, colocando os dramas pessoais de parte e após a leitura deste maravilhoso retrato, torna-se unanime que Portugal podia estar muito diferente e muito melhor se o avião Cessna C-421 chegasse ao Porto no dia 4 de dezembro de 1980.

Do "Chico" fica o retrato do homem cuja a sua visão estratégica estava sempre mais à frente dos demais, assim como a sua determinação chocara com os egos daqueles que do poder fizeram a sua vida.

Os Riscos do RGPD em Portugal

25.01.24, Pedro Pereira

O RGPD ou Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados Pessoais, aplicável desde o dia 25 de maio de 2018 sobre a tutela da União Europeia. Com o objetivo de regulamentar a privacidade, proteção e exportação de dados pessoais de todos os indivíduos na União Europeia e do Espaço Económico Europeu, foi mal recebido pelas estruturas e administrações das empresas e IPSS's.

Este regulamento nasceu de uma necessidade urgente de proteger os dados pessoais dos cidadãos europeus, que com a expansão constante da internet viram os seus dados tornar-se uma moeda de troca entre as empresas. O escândalo mais conhecido foi o da Cambridge Analytica, que envolveu a recolha indevida de até 87 milhões de dados pessoais de utilizadores do Facebook, que foram posteriormente utilizados para influenciar campanhas e resultados políticos.

Em Portugal o RGPD apresenta novos riscos. Se o objetivo inicial do regulamento seria proteger os cidadãos, o objetivo falha no que toca à incapacidade financeira e estrutural das entidades portugueses na implementação. Muitas delas recorrem a consultoras especializadas para a sua implementação, porém torna-se inviável para muitos devido ao seu elevado custo de implementação e manutenção. 

Posto isto, muitos administradores, diretores, provedores, etc. vêm se obrigados a colocar a entidade empregadora em falta com a lei, assumindo o risco e as consequências de coimas altíssimas.

Em 2021 a Câmara Municipal de Lisboa foi multada em cerca de um milhão de euros pela CNPD (Comissão Nacional de Proteção de Dados), devido à partilha indevida de dados pessoais com a Federação Russa. Isto demonstra muito bem as fragilidades dos órgãos públicos sobre este assunto.

E estes são os riscos do RGPD em Portugal.

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https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=celex%3A32016R0679

https://expresso.pt/sociedade/2022-01-14-russiagate-camara-municipal-de-lisboa-multada-em-mais-de-um-milhao-de-euros